A linguagem da Lua também usa a voz; usa-a como um instrumento musical, para pontuar silêncios, juntar emoções em melodias que dizem sentimentos, ou em ruídos que dizem frustrações e confusões. Faz onomatopeias, usa o som das palavras pelos tons e os conceitos usa-os como os pratos, para fazer um chinfrim inquietante.
Aprende-se em criança, antes da linguagem do Sol e das palavras, fala-se por intuição, por sorrisos e pela falta deles, por gestos suaves ou contidos, graciosos ou bruscos; e só depois se aprendem as palavras.
Se a criança se sentir segura, tiver algum prazer e puder ser quem é, reconhecida como alguém que existe e pensa e vê; se se sentir amada, amar e chegar a sonhar e a desejar seus sonhos a aparecer, reais, então, na tranquila intuição saberá que fala a linguagem da Lua. Podem vir as palavras, os números, a razão, a idade adulta que o seu espírito tem um canal para ouvir e falar com o corpo.
Se tiver medo, não houver prazer e se se tiver que submeter, antes de ser, ao papel dado, na esperança de um afecto que só vem se o souber representar— o que nunca sabe porque está a ser escrita, a aprender de cor, porque lhe faltam sempre novas folhas do estranho script; então só pode macaquear os adultos, que, agastados, lhe pedem que seja criança, um outro misterioso script, escrito na infância deles, adultos, inacessível. Acontece, naturalmente, que ela aprende, antes da madrugada, a linguagem do Sol, refugia-se na clareza das palavras sem corpo, espera que ele nasça, esquece a Lua, deixa aquela cadeira básica, a linguagem das emoções, dos sentimentos, por fazer, atrasada!
A linguagem do Sol é a do adulto, da razão. Nascido o Sol a falta da Lua se não nota tanto e passam-se as etapas do rigor das palavras e dos números, do progresso, do poder sobre as coisas concretas.
Mas, na terceira idade de Saturno, o Sol se vai pondo e a Lua vai nascendo.
Se se tratar de uma velha conhecida, sabe bem aprimorar uma línguagem quase esquecida, tão desprezada, refinar sentimentos que ficaram esboçados, ver os sonhos esquecidos da infância no crescer dos netos, falar com eles sem palavras, sentir. Mas se nunca se falou bem a linguagem da Lua, com desenvoltura, a cadeira atrasada é difícil, inacessível.
Os sentimentos doem, falta a luz clara da razão, entra-se na noite, no desconhecido, mergulha-se no inconsciente, lunar, "antiquíssimo", parece que o neocortex se apaga com o Sol ... resta a "boutade" que se dizia aos caloiros: "não há nenhuma cadeira que se não possa fazer em 24 horas!" Mas já não somos caloiros.
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