É raro ler boas notícias nas primeiras páginas. Na Irlanda do Norte Católicos e Protestantes chegaram a acordo e a polícia vai ser composta por elementos desses dois grupos, na percentagem em que existem na população. A polícia deixará de ser vista pelos católicos como o exército inimigo e passará a ser vista como uma força de Paz. Eis o diálogo a dar frutos, frutos que a guerra não dá. E é, também, uma vitória do conceito de Europa, diferentes países a conviver em paz. Uma esperança para o país basco e para a ex-jugoslávia. Para o Mundo, até, se às Nações Unidas for dado o papel de polícia, se todos os países a ajudarem a fazê-lo.
Entre nós o conflito entre conservadores e progressistas, que existe em qualquer sociedade de qualquer tempo focalizou-se no Sim ou Não à despenalização do aborto. É grato ver como as posições se aproximam à medida que se procuram argumentos: todos concordam que se tem que fazer mais pela prevenção, que não é justo que quem mais sofra seja “o mexilhão”, como em tudo, as mulheres mais pobres e pouco instruídas; ou seja, o diálogo, mesmo partindo de posições emocionais e irracionais dá como fruto o bom senso.
O senso comum é o bom senso de há vinte anos. O bom senso não é a verdade, nem sequer a razão: é a atitude “sensata”. Há 200 anos houve quem pensasse que chegaríamos a esta crise climática mas, embora tivesse razão, não tinha bom senso. Em 2007 a questão chegará (esperemos!) ao senso comum. É a questão do nosso tempo.
Neste sítio do TED (que agradeço ao jornal “Público”!) Hans Rosling mostra-nos como o desenvolvimento global depende, antes de tudo, da saúde— que começa por ter que resolver a fome! Mão-Tsé-Tung assim fez e, sem ter feito isso, a China não se teria desenvolvido (note-se que a migração para as cidades está a trazer a fome de novo); a saúde, que se pode medir em esperança de vida, tem melhorado imenso no mundo. Depois vem a educação e o projecto de Nicholas Negroponte de trazer computadores portáteis a 100 dólares a milhões de crianças é um salto qualitativo à vista. Uma criança no Senegal mergulha no mundo dos computadores como as nossas, aprende como aprendeu a andar e a falar: sem mestre! No nosso mundo desenvolvido, organizado para criar professores universitários, o nosso problema, como mostra Sir Ken Robinson é estarmos a dar cabo da criatividade das crianças com a educação! Cedo aprendem a ter medo de errar e lá se vai a possibilidade de criar, repetem o conhecido— claro que muitos resistem e as nossas sociedades ainda conseguem ter (alguma) graça. Mas, para resolver a crise climática, vai ser precisa toda a criatividade do Mundo.
Uma pessoa ou uma organização que não admite errar está em risco. A nossa arrogante e maravilhosa civilização errou: arrisca-se demasiado a matar o planeta, o ser vivo que é Gaia, a Terra. Tudo leva a crer que, em 2007, vai mudar radicalmente o seu ponto de vista, a consciência da crise climática vai chegar ao senso comum. Mas o maior produtor de CO2 são os USA, é lá que o futuro se joga.
Hilary Clinton pode ser presidente daqui a dois anos e dois anos são muito tempo!
Hoje a Primavera em Janeiro lembrou-me de nascer
Ficou a memória do que poderia ter sido
Saí do tempo por uma frincha que não encontro
…e não procuro muito!
Sou aquilo a que os médicos chamariam “uma consciência muito vaga num limbo amniótico”— se ainda houvesse médicos do espírito para a nossa gente que inventou a agricultura.
O que fizemos foi natural e perdoável
Como uma criança que fizesse um trenó para descer a ladeira.
E partisse tudo.
Fizemos o Hubble para espreitar as estrelas
E deixámos a Terra no Hospital, num dia de Domingo
Afligindo as empregadas de limpeza, com os seus pensos pequeninos, comprados a uma cigana
Sinto-me, hoje, como uma criança num deserto nocturno
Que se embala a si mesma, abraçada aos joelhos
E que procura a manhã com o olhar, sem sair do sítio. Porque já andou muito e ela não apareceu por isso.
(porque é que me disseram para ser criança, em pequeno, e porque é que acreditei que o não era?)
quando nascer vou ser criança sem pensar que o sou
e vou brincar de ser grande muito a sério,
sabendo que brinco
e vou tomar conta dos adultos,
que brincam com coisas perigosas e se podem magoar
quando nascer o Sol vai amanhecer e vamos todos cantar, em silencio, para o não assustar! Mas vamos cantar. Ou, até, ser música, uma música muito lenta e muito feliz
feita de chilrear de pássaros, ao longe
O Presidente Bush anunciou a sua nova estratégia para a “vitória” no Iraque: mais de 20 000 militares adicionais, destinados a ajudar os iraquianos a fazer o policiamento, sobretudo em Bagdad e num perímetro de 50 km à sua volta.
Está estudado o números de militares por km2 necessário para uma ocupação eficaz, que pacifique, pela força, um país ocupado: esse número é muito maior que o proposto por Bush (os seus adversários políticos, em maioria no Congresso, ainda um menor vão propor).
E Bush esquece que a animosidade contra os americanos que invadiram o país é parte do problema.
Se, pelo contrário, humildemente, Bush entregasse essa tarefa às Nações Unidas, com um número suficiente de militares, provenientes de todo o mundo, seria possível fazer um policiamento eficaz, ajudar, de facto, o país a deixar de ser uma terra onde se morre a caminho de casa, uma terra onde as emoções destronaram a razão. Só as Nações Unidas podem ter o prestígio, por multinacionais e isentas, para ser o polícia do Mundo. Muitos americanos vão compreendendo que o seu papel é apoiá-las, não tentar fazer o papel delas. Nas mãos certas, o formidável armamento americano poderia servir a Paz.
Dor cansaço tédio – e chega um mail!
Esperança amor força…
a consciência de que há acasos simpáticos
alguém no computador central que os cria?
Sincronicidades? Mistérios do Inconsciente Colectivo?
— E se não houver acaso, como antes de se inventar o conceito,
Antes das cruzadas, antes da Hubris dos bentos?
Legítima defesa talvez seja, mesmo, diferente de violência
Se soubermos respeitar, quiçá amar, quem nos agride
E o não deixarmos porque nos respeitamos, amamos,
Porque somos gente também
É assim que digo o que penso
Em legítima defesa do direito a pensar
E a comunicar
Não há de ser o mesmo que violência;
A intenção não é ferir, é existir!
Ferir a intenção de ferir, não o corpo vítima
Das intenções violentas que o agridem
O poder é tirar a liberdade
E as palavras o não teem mesmo!
Podem até— oh! ingenuidade!—criá-la onde a não há
Repor a razão, o respeito pelo outro
O equilíbrio das emoções justas, fraternas— quem sabe? Podem!
Assim distingo entre a força das palavras e a do corpo físico
e, quanto às palavras destrambelhadas, elas só ferem quem delas precisar,
ajudam mesmo a conhecer, na dor, o que há para curar
Porém, às crianças e a quem nos ama, pesemos as palavras
digamos a razão com gentileza e com amor
— porque podemos ferir, ser violentos sem tocar no corpo—
mas digamos a razão!
Não a dizer
lembra o cirurgião que por medo não opera
— mas, se ele souber que não sabe operar
Cobarde seria se o fizesse!
Aprender a não ferir sem nos calarmos
Aprender as palavras certas, sua música, os tempos e os modos
Aprender,
ouvir, no silêncio difícil, o que em nós é liberdade
O que, em nós, somos nós todos.
Phil Borges, fotógrafo do mundo, a violência da nossa cultura ocidental
Falar com o acaso, ou com ninguém— se vale a pena?
— Ora…”sentir, sinta quem lê!”
Eu escrevo porque me faz bem
Porque me ajuda a entender, quando me leio
O que queria dizer, quando escrevi
Passeio, previno a prevista atrofia
Que imaginação jovem não alcança
E descubro, no meio das palavras (às vezes)
Ideias que não cabem dentro delas
— E essas é que gosto de exprimir!
Não! Não escrevo por prazer ou distracção
Sequer por necessidade ou por dever
Escrevo como quem procura
Procura… e não quer encontrar o que já viu
Viveu, dormiu
Procuro aquilo que, em mim, somos nós todos
E que se sente (às vezes)
No desacerto certo das palavras
http://www.ted.com/about/introduction/flash_page.cfm
http://www.ted.com/tedtalks/tedtalksplayer.cfm?key=w_davis
http://www.ted.com/tedtalks/tedtalksplayer.cfm?key=b_schwartz
http://www.ted.com/tedtalks/tedtalksplayer.cfm?key=b_saunders
http://www.ted.com/tedtalks/tedtalksplayer.cfm?key=p_gabriel
Putin exortou os jovens russos a celebrar o Natal ortodoxo, que é no dia 7 de Janeiro, porque seguem o calendário antigo. Disse que “é importante que a nova geração aceite os valores morais tradicionais”. Trata-se de um antigo membro do KGB, a polícia politica soviética, que estudou, durante anos, profundamente, o materialismo histórico. É provável que tenha o conceito da ética da responsabilidade, de que a verdade é o que é eficaz e que tenha a convicção de que se o império russo se continuar a desmembrar terá como destino inúmeras guerras pelas fronteiras dos seus vários países. É provável que Putin sinta a missão de ter mão de ferro para evitar o caos; ao que parece tem morto adversários políticos por “razões de estado”. Ao ligar-se à Igreja ortodoxa está a desvalorizar o estado laico e, assim, a desistir de integrar os estados maioritariamente muçulmanos usando a Razão, preferindo fazê-lo pela força.
Porém a Igreja ortodoxa está a fazer uma aproximação à Igreja católica e o papa Bento XVI, um intelectual, colocou-se como paladino da Razão, de novo insistindo, neste Natal, na ideia de que “a natureza de Deus é racional” e sendo o terceiro papa que se coloca claramente ao lado da ONU e da declaração universal dos direitos humanos (embora com uma interpretação sui generis). É provável que a Igreja ortodoxa também desista, com a clareza da católica, da ideia medieval de “conquistar” os outros povos para a sua fé pela força. Se assim for, se os direitos humanos forem ganhando prestígio entre os cristãos, isso ajuda os muçulmanos que se opõem à guerra contra o ocidente, dando-lhes argumentos. Há dirigentes religiosos muçulmanos que apadrinham os jovens ‘mártires” que se suicidam matando gente inocente, ou seja que apadrinham a guerra desesperada chamada terrorismo, prometendo-lhes o céu com honras especiais. Paradoxalmente o fundamentalismo cristão do actual presidente dos USA dá-lhes força, tira força aos teólogos muçulmanos que se opõem a essa doutrina da guerra ao ocidente por todos os meios. E essa polémica religiosa no seio do Islão tem uma importância desmesurada para a Paz no Mundo. Se Putin e Bush não se colocarem claramente ao lado da ONU e da declaração universal dos direitos humanos a Jihad, mal entendida, ganha força entre os muçulmanos.
Da Wikipédia: "Jihad", palavra da Língua Árabe, significa "exercer esforço máximo", podendo também ser entendida como "luta", mediante vontade pessoal de se buscar e conquistar a "fé perfeita". Ao contrário do que muitos pensam, Jihad não significa "Guerra Santa" nome dado pelos europeus à luta religiosa cristã (por exemplo: Cruzadas), mais guerra legitimada para o Islão. O que segue a Jihad é conhecido como Mujahid.
O Corão não descreve duas formas de Jihad, isto é uma invenção de Al-Ghazali (1058-1111): Uma, a "Jihad Maior", é descrita como uma luta do indivíduo consigo mesmo, pelo domínio da alma; e a outra: a "Jihad Menor", é descrita como um esforço que os muçulmanos fazem para levar a mensagem do Islão aos que não tem ciência da mesma (ou seja, daqueles que não se submetem a Deus e à paz).
Há opiniões divergentes quanto às formas de acção que são consideradas Jihad. A Jihad só pode ser travada para defender o Islão. No entanto, alguns grupos acham que isto tem aplicação não apenas à defesa física dos muçulmanos, mas também à reclamação de terra que em tempos pertenceu a muçulmanos ou a protecção do Islão contra aquilo que eles vêem como influências que "corrompem" a vida muçulmana. A ideia da Jihad como uma guerra violenta é uma ideia criada por Ocidentais. De acordo com as formas comuns do Islão, se uma pessoa morre em Jihad, ela é enviada directamente para o paraíso, sem quaisquer punições pelos seus pecados.
De acordo com o sociólogo sírio-alemão especialista no Islão, ele próprio um muçulmano sunita, Bassam Tibi, o fenómeno do fundamentalismo islâmico é uma forma de oportunismo político de alguns grupos, que se aproveitam da noção de Jihad, desvirtuando o Islão para torná-lo um factor de acção política em proveito próprio.
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