Um dos paradoxos mais frequentes e necessários da vida talvez seja o aceitar quem erra sem aceitar o “acerto” de errar, aceitando o erro e quem erra. Mostrar a quem errou a razão do erro ser erro, para nós, a liberdade que lhe reconhecemos de errar, a nossa liberdade de julgar o certo e o errado, a nossa liberdade de tentar evitar as consequências dos erros e como aceitamos incondicionalmente a pessoa, com seus erros. Pouca gente percebe que se possa amar sem abdicar da razão. E pouca gente percebe que o pedir-nos que abdiquemos da nossa liberdade de pensar, por amor, é não nos aceitar, é contrário ao mesmo amor. Mas a verdade está no paradoxo.
Deixo aqui uma homenagem aos portugueses que tiveram a coragem de nos libertar de uma ditadura anacrónica, de nos restituir a liberdade e a dignidade.
Ao contrário dos outros ditadores europeus dos anos 30, Salazar era instruído, professor catedrático da Universidade de Coimbra, mentia, intimidava e matava para se conservar no poder -- mas com muita competência, dentro da "legalidade".
"(...)e por outras maneiras que sabemos
Tão sábias, tão subtis e tão peritas
Que não podem sequer ser bem descritas"
como tão bem o descreveu a Sophia, nesse tempo. Escrevia bem, um português escorreito, nada que se pareça com o "Mein Kampf", era mesmo competente, como tirano! Outro escrito de Sophia :
O velho abutre alisa as suas penas
A podridão lhe agrada e os seus discursos
Têm o dom de fazer as almas mais pequenas
Aqui ficam alguns dos grandes feitos do "maior português de sempre", uma lista injustamente pouco conhecida, por um lado porque a modéstia do Doutor, no seu tempo, não permitiu à imprensa que a divulgasse e, por outro lado, porque, quando ela a pôde publicar, nós, mal agradecidos, já não queríamos saber:
1931
O estudante V. Branco morto pela PSP, durante uma manifestação no
Porto;
1932
Armando Ramos, jovem, morto em consequência de espancamentos; Aurélio
Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; Alfredo Ruas, é
assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa;
1934, 18 de Janeiro
Américo Gomes,operário, morre em Peniche, após dois meses de tortura;
Manuel Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura
em consequência da repressão da greve;Júlio Pinto,operário vidreiro,
morto à pancada; a PSP mata um operário conserveiro durante arepressão
de uma greve em Setúbal
1935
Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no
hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (PVDE);
1936
Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de
Angra do Heroísmo, vítima de maus-tratos, é deportado do 18 de Janeiro
de 1934; Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a
tortura;
1937
Ernesto Faustino,operário;José Lopes, operário anarquista, morre
durante a tortura, sendo um dos presos da onda de repressão que se
seguiu ao atentado a Salazar; Manuel Salgueiro Valente,
tenente-coronel, morre em condições suspeitas no forte de Caxias;
Augusto Costa, operário da Marinha Grande, Rafael Tobias Pinto da
Silva, de Lisboa, Francisco Domingues Quintas, de Gaia, Francisco
Manuel Pereira, marinheiro de Lisboa, Pedro Matos Filipe, de Almada e
Cândido Alves Barja, marinheiro, de Castro Verde, morrem no espaço de
quatro dias no Tarrafal, vítimas das febres e dos maus tratos;
Augusto Almeida Martins, operário, é assassinado na sede da PIDE
(PVDE) durante a tortura; Abílio Augusto Belchior,operário do Porto,
morre no Tarrafal,vítima das febres e dos maus-tratos;
1938
António Mano Fernandes, estudante de Coimbra, morre no Forte de
Peniche, por lhe ter sido recusada assistência médica, sofria de
doença cardíaca; Rui Ricardo da Silva, operário do Arsenal, morre no
Aljube, devido a tuberculose contraída em consequência de
espancamento perpetrado por seis agentes da PIDE durante oito horas;
Arnaldo Simões Januário, dirigente anarco-sindicalista, morre no campo
do Tarrafal, vítima de maus-tratos; Francisco Esteves, operário
torneiro de Lisboa, morre na tortura na sede da PIDE; Alfredo
Caldeira, pintor, dirigente do PCP, morre no Tarrafal após lenta
agonia sem assistência médica;
1939
Fernando Alcobia, morre no Tarrafal,vítima de doença e de maus-tratos;
1940
Jaime Fonseca de Sousa, morre no Tarrafal,vítima de maus-tratos;
Albino Coelho, morre também no Tarrafal;Mário Castelhano, dirigente
anarco-sindicalista, morre sem assistência médica no Tarrafal;
1941
Jacinto Faria Vilaça, Casimiro Ferreira; Albino de Carvalho;António
Guedes Oliveira e Silva; ErnestoJosé Ribeiro,operário, e José Lopes
Dinis morrem no Tarrafal;
1942
Henrique Domingues Fernandes morre no Tarrafal; Carlos Ferreira
Soares, médico, é assassinado no seu consultório com rajadas de
metralhadora, os agentes assassinos alegam legítima defesa (?!); Bento
António Gonçalves,secretário-geral do P. C. P. Morre no
Tarrafal;Damásio Martins Pereira, fragateiro, morre no Tarrafal;
FernandoÓscar Gaspar, morre tuberculoso no regresso da
deportação;António de Jesus Branco morre no Tarrafal;
1943
Rosa Morgado, camponesa do Ameal (Águeda), e os seus filhos, António,
Júlio e Constantina, mortos a tiro pela GNR; Paulo José Dias, morre
tuberculoso no Tarrafal; Joaquim Montes, morre no Tarrafal com febre
biliosa; José Manuel Alves dos Reis morre no Tarrafal; Américo
Lourenço Nunes,operário, morre em consequência de espancamento
perpetrado durante a repressão da greve de Agosto na região de Lisboa;
Francisco do Nascimento Gomes, do Porto, morre no Tarrafal; Francisco
dos Reis Gomes, operário da Carris do Porto, é morto durante a
tortura;
1944
General José Garcia Godinho morre no Forte da Trafaria, por lhe ser
recusado internamento hospitalar; Francisco Ferreira Marques, de
Lisboa, militante do PCP, em consequência de espancamento e após um
mês e meio de incomunicabilidade; Edmundo Gonçalves, morre tuberculoso
no Tarrafal; uma mulher e uma criança, assassinados a tiro de
metralhadora durante a repressão da GNR sobre os camponeses rendeiros
da herdade da Goucha (Benavente), mais 40 camponeses feridos a tiro.
1945
Manuel Augusto da Costa morre no Tarrafal; Germano Vidigal, operário,
assassinado com esmagamento dos testículos, depois de três dias de
tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo; Alfredo Dinis (Alex),
operário e dirigente do PCP, é assassinado a tiro na estrada de
Bucelas; José António Companheiro, operário, de Borba, morre de
tuberculose em consequência dos maus-tratos na prisão;
1946
Manuel Simões Júnior, operário corticeiro, morre de tuberculose após
doze anos de prisão e de deportação; Joaquim Correia, operário
litografo do Porto, é morto por espancamento após quinze meses de
prisão;
1947
José Patuleia, assalariado rural de Vila Viçosa, morre durante a
tortura na sede da PIDE;
1948
António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, é morto durante
a tortura; Artur de Oliveira morre no Tarrafal; Joaquim Barreiros,
marinheiro da Armada, morre no Tarrafal após doze anos de
deportação;António Guerra, operário da Marinha Grande, preso desde 18
de Janeiro de 1934, morre quase cego e após doença prolongada;
1950
Militão Bessa Ribeiro, operário e dirigente do PCP, morre na
Penitenciaria de Lisboa, durante uma greve de fome e após nove meses
de incomunicabilidade; José Moreira, operário, assassinado na tortura
na sede da PIDE, dois dias após a prisão, o corpo largado por uma
janela do quarto andar para simular suicídio; Venceslau Ferreira morre
em Lisboa após tortura; Alfredo Dias Lima, assalariado rural, é
assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça;
1951
Gervásio da Costa, operário de Fafe, morre vítima de maus-tratos na
prisão;
1954
Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão,
durante uma greve, com uma filha nos braços;
1957
Joaquim Lemos Oliveira, barbeiro de Fafe, morre na sede da PIDE no
Porto após quinze dias de tortura; Manuel da Silva Júnior, de Viana
do Castelo, morto durante a tortura na sede da PIDE, no Porto, sendo o
corpo, irreconhecível, enterrado ás escondidas num cemitério do Porto;
José Centeio, assalariado rural de Alpiarça,e assassinado pela PIDE;
1958
José Adelino dos Santos, assalariado rural, assassinado a tiro, pela
GNR, durante uma manifestação em Montemor-o-Novo; vários outros
trabalhadores feridos a tiro; Raul Alves, operário da Póvoa de Santa
Iria, após quinze dias de tortura, largado por uma janela do quarto
andar da sede da PIDE; a esposa do embaixador do Brasil assiste à sua
morte;
1961
Cândido Martins Capilé,operário corticeiro, é assassinado a tiro pela
GNR durante uma manifestação em Almada; José Dias Coelho, escultor e
militante do PCP,é assassinado à queima-roupa numa rua de Lisboa;
1962
António Graciano Adágio e Francisco Madeira, mineiros em Aljustrel,
assassinados a tiro pela GNR; Estêvão Giro,operário de Alcochete, é
assassinado a tiro pela PSP durante a manifestação do 1: de Maio em
Lisboa;
1963
Agostinho Fineza, operário tipógrafo do Funchal, é assassinado pela
PSP, sob a indicação da PIDE, durante uma manifestação em Lisboa;
1964
Francisco Brito, desertor da guerra colonial, é assassinado em Loulé
pela GNR; David Almeida Reis, trabalhador, assassinado por agentes da
PIDE durante uma manifestação em Lisboa;
1965
General Humberto Delgado e a sua secretaria Arajaryr Campos
assassinados a tiro em Vila Nueva del Fresno (Espanha) pelo inspector
da PIDE Rosa Casaco, o sub-inspector Agostinho Tienza e o agente
Casimiro Monteiro;
1967
Manuel Agostinho Góis, trabalhador agrícola de Cuba, morre vítima de
tortura na PIDE;
1968
Luís António Firmino, trabalhador de Montemor, morre em Caxias, vítima
de maus-tratos; Herculano Augusto, trabalhador rural, espancado e
morto no posto da PSP de Lamego por condenar publicamente a guerra
colonial; Daniel Teixeira, estudante, morre no Forte de Caxias, em
situação de incomunicabilidade, depois de agonizar durante uma noite
sem assistência;
1969
Eduardo Mondlane, dirigente da Frelimo, assassinado através de um
atentado organizado pela PIDE;
1972
José António Leitão Ribeiro Santos, estudante de Direito em Lisboa e
militante do MRPP, assassinado a tiro durante uma reunião de apoio à
luta do povo vietnamita e contra a repressão; o seu assassino, o
agente da PIDE Coelho da Rocha, viria a escapar-se na
"fuga-libertação" de Alcoentre, em Junho de 1975;
1973
Amílcar Cabral, dirigente da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde,
é assassinado por um bando mercenário a soldo da PIDE, chefiado por
Alpoim Galvão;
1974, 25 de Abril
Fernando Carvalho Gesteira, de Montalegre,José Barreto, de Vendas
Novas, Fernando Barreiros dos Reis, soldado de Lisboa e José Guilherme
Rego Arruda, estudante dos Açores, assassinados a tiro pelos pides
acoitados na sua sede na Rua António Maria Cardoso, ainda feridas duas
dezenas de pessoas.
Houve ainda dezenas de mortos na repressão da revolta da Madeira, em Abril de 1931 e dezenas na repressão da revolta de 26 de Agosto de 1931. Um número indeterminado de mortos nas deportação para a Guiné, Timor, Angra e Cunene. Um número indeterminado de mortos devido à
intervenção da força fascista dos "Viriatos" na guerra civil de
Espanha e a entrega de fugitivos aos pelotões de fuzilamento
franquista; as dezenas de mortos em São Tomé, na repressão ordenada
pelo governador Carlos Gorgulho sobre os trabalhadores que recusaram o
trabalho forçado, em Fevereiro de 1953. Muitos milhares de mortos
durante as guerras coloniais, vítimas do Exército, da PIDE, da OPVDC,
dos "Flechas", etc.
Hoje à noite, no museu Soares dos Reis, pelas 21:30, há uma conferência, a oitava do ciclo "Os espaços curvos do direito". Desta vez o Prof. Doutor José de Faria Costa, Presidente do Conselho directivo da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, falará sobre "As linhas rectas do Direito".
Creio que fará uma reflexão sobre o excesso de subjectivismo da pós-modernidade, a qual este blog gostaria de ver ultrapassada. Seria interessante, penso eu "de que", que todos aceitassem que "a verdade interessa"; sabendo nós que cada um dela valoriza o aspecto que sabe ver. Mas seria interessante que se "interessasse" por ter uma visão global, paradoxal, logo, menos subjectiva: a verdade está no paradoxo! Que pensará a Universidade de Coimbra, a tal que deixou encaixotados os instrumentos científicos que, no moderno século XVIII, o iluminado Marquês de Pombal lhe ofereceu? (são hoje preciosas peças de museu, em mais nenhuma Universidade ficaram nos seus caixotes!) Terá a Universidade de Coimbra chegado ao século XVIII? (que boca foleira!, mesmo do Pôrto)
Às 11 horas de hoje foi oficialmente apresentada a associação Europacolon portuguesa, a primeira no continente— beneficia da experiência inglesa— aberta a todas as pessoas que queiram ajudar a prevenir o cancro do cólon, a divulgar a necessidade de fazer rastreio de pólipos intestinais e de o encontrar aos primeiros sintomas: sangue nas fezes, obstipação teimosa, cólicas, etc. Esta doença, que em Portugal é mais prevalente que noutros países, pode e deve ser tratada cedo, nesse caso com bons resultados. É o segundo cancro mais frequente, nas mulheres depois do da mama, nos homens depois do da próstata.
Outro dos propósitos da associação é informar as pessoas sobre os direitos dos doentes, nomeadamente o direito a serem tratados com medicamentos que são, ainda, muito caros. Na medida em que cresça por toda a Europa terá força para levar governos e Comissão Europeia a descobrir que, tanto a informação, como o rastreio com rectosigmoidoscopia, como o uso dos medicamentos eficazes pelos serviços de saúde pública— são direitos dos doentes!
Os media serão aliados de peso e a blogosfera deve estar presente!
O paradoxo:
1. O primeiro ministro deve-se demitir por se ter criado a suspeita de que pertença ao grupo dos portugueses para quem a verdade não interessa—um grupo ao qual pertence muita gente importante.
2. O primeiro ministro não se deve demitir porque tem a responsabilidade de fazer aquilo que o seu partido e os portugueses o encarregaram de fazer, tendo-se ele apresentado, de livre vontade.
A solução:
1. Demitir-se do grupo de portugueses para quem a verdade não interessa, por mais importantes que sejam os seus membros (exemplos: investigar se é mesmo verdade que se tem que fechar o aeroporto da Portela ou se isso é a verdade do interesse de quem lucra com a disponibilização dessa área para construir, investigar se um aeroporto novo e enorme é mesmo preciso quando o petróleo vai escassear dentro de meia dúzia de anos e as viagens aéreas vão ser as primeiras a diminuir em número, investigar se a Ota é mesmo o sítio de eleição para Portugal ou se o é para as empresas de construção civil, etc.)
2. Não se demitir da sua responsabilidade de decisor e de democrata e ouvir quem o critica (por exemplo, quem critica que se vá gastar nove milhares de milhões de euros para fazer uma linha férrea entre o Porto e Lisboa que poupa uns 20 minutos à viagem sabendo que esse é o valor da nossa maior empresa, a PT, anunciado quando a quiseram comprar; ou ouvir quem critica o processo de recrutamento de pessoal do Estado para cargos em empresas públicas com altíssimos salários— e reformas! — etc.)
3. Numa palavra: governar fazendo a realidade coincidir com a imagem que quer dar: a de um técnico inteligente, democrata porque ouve os outros, se informa e se preocupa com os mais pobres, honesto e corajoso porque não sujeito a ser intimidado por interesses outros que os do país. Quer ser mais que o que é? Seja! Porque é preciso.
Afinal, evoluir, procurar a verdade, elevar-se à altura do que o destino pede, dos mais belos sonhos, esse é o verdadeiro papel de cada um. A forma segue a função, a imagem resulta do conteúdo, esse é que é preciso cultivar. Só com ele se criam as imagens que resistem ao tempo.
E o nosso é o tempo pós-pós-moderno, o tempo em que os sonhos se fazem reais, se tornam verdade. E os pesadelos! Acordemos imediatamente deles, como o de um País ingovernável, em que os ministros se demitem. Sonhemos antes um País que vai ajudar o Mundo a lidar com a bem próxima escassez de petróleo, com a crise climática, com a pobreza que esta globalização tem trazido, com a previsível guerra. Sonhemos soluções que não sejam cosméticas mas verdadeiras. Porque chega de "marketing", os assuntos são reais e exigem que a verdade interesse. Porque é preciso!
Jose Socrates
A Camara retirou ambos os cartazes, foi muito democrata, muito burocrata, tanto mais democrata quanto os retirou para os oferecer à blogosfera. Paradoxos Filho agradece e saúda a coragem dos nossos imigrantes: um imigrante romano, há mais de dois mil anos, escreveu que aqui vivia um povo "que não se governa nem se deixa governar".
Sabemos hoje, graças a descobertas como a do túmulo da criança de Lepedo, que tinha sangue misturado de Homo Neanderthalensis com Homo Sapiens que a nossa raça de Neandertais sempre lidou com os povos invasores mantendo a sua pureza sanguínea: aquele foi o ÚNICO túmulo encontrado de sangue misturado. O mesmo se passou com os imigrantes celtas, judeus, gregos, fenícios, cartagineses, romanos, visigodos, suevos, mouros, pretos, índios, indianos, chineses, ucranianos... nunca os portugueses se misturaram com os outros povos e também nunca precisaram de emigrar. Os nossos problemas só começaram agora, no século XXI, como resultado da democracia, de se respeitar toda a gente e outras tolérias quejandas!
I read the news today oh, boy
About a lucky man who made the grade
And though the news was rather sad
Well, I just had to laugh
I saw the photograph
He blew his mind out in a car
He didn't notice that the lights had changed
A crowd of people stood and stared
They'd seen his face before
Nobody was really sure
if he was from the House of Lords
I saw a film today oh, boy
The English army had just won the war
A crowd of people turned away
But I just had to look
Having read the book
I'd love to turn you on.
Woke up, got out of bed
dragged a comb across my head
Found my way downstairs and drank a cup
and looking up, I noticed I was late
Found my coat and grabbed my hat
Made the bus in seconds flat
Found my way upstairs and had a smoke
Somebody spoke and I went into a dream
Ah
I read the news today oh, boy
Four thousand holes in Blackburn, Lancashire
And though the holes were rather small
They had to count them all
Now they know how many holes
it takes to fill the Albert Hall
I'd love to turn you on
Procuro-me e não estou em casa.
Ou sou surdo
Ou não respondo
Ou não existo, mesmo!
A consciência, o ser, pode ser que seja uma fantasia
E haja apenas reacções ao tempo e ao espaço
E que, sem uma circunstância, nada exista.
Um conjunto de memórias não é um ser, não é uma consciência!
Um conjunto de reacções a estímulos baseado nelas
Pode ser um computador, sem consciência.
Pode ser que tomemos a consciência de nós mesmos pela reacção às memórias que as circunstâncias actuais tornaram, programadamente, presentes, para interferirem na resposta, com um peso específico que se auto reavalia, programadamente também.
Livre arbítrio? Alma? Ou um vasto "software"
Que se vai ciberneticamente construindo
Em resposta ao que é teclado?
As emoções poderiam ser respostas programadas a estímulos que as vão reprogramando, que vão fazendo ligações num jogo infinito mas sem alma, sem centro. Ou até com um centro, um “core”, a que se referissem programadamente e que se alterasse, programadamente também, quando a intensidade ou a repetição atingissem um programado limiar…
Penso, logo, não sei se existo.
Há o real, com a sua física,
há os seres vivos, que também são reais e físicos, à sua maneira
E há o que sentimos,
que só é real para nós.
Quando falamos do que é real para todos
juntamos-lhe, sabendo-o ou sem saber,
querendo ou sem o querer,
Aquilo
Que só para nós existe.
(Mas, disso, só ouvem
o que é real, para eles!)
Porém, tão real como o barulho dos carros
Ou a música que o vento faz nas árvores,
É o incómodo dos carros e a beleza das árvores ao vento.
-- O que sentimos é real para nós!
E quando fazemos o que é real para nós,
Quando o dizemos,
escrevemos, pintamos ou cantamos,
com arte ou sem arte,
-- Somos reais para todos.
A nós se aplicam as leis que só a nós se aplicam
que se vêm juntar às leis da física
e às leis das outras ciências, suas filhas naturais
E somos realmente reais.
Talvez se chame espírito ao que nos impede de ser reais para todos,
ao que só é real para nós, ao que não sabemos mostrar,
fazer, falar, escrever, pintar,
com arte ou sem arte.
E quando, por fim, somos, realmente, o nosso espírito
— que se mostra em cada gesto que fazemos—
talvez deixemos de o ter, porque é de todos
E, pobres de espírito, habitemos o céu.
Como as águas que foram de um rio habitam o mar,
Que lá chegaram.
Alheias ao fluir
do rio que são.
Integrado no sistema operativo
Do corpito com que andamos por aí
Há um processo de colher sorrisos
Flores e outras coisas efémeras
Em 7D e heptafonia
De funcionamento intuitivo
Muita gente o desliga, porém
E, para o ligar de novo,
Basta, ao acordar, fazer reset para default
E colher o novo dia perfeito
Diferente de todos os outros dias perfeitos
Que nos são dados de graça.
Uns têm Sol e Primavera
Outros têm chuva e tristeza
Mas todos têm sentido
E são perfeitas obras de arte
Que criamos com a ajuda
Dos amigos invisíveis e presentes
Que nos são.
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