A partir das memórias do único guarda prisional de Nelson Mandela que falava xossa e que se tornou, com o tempo, num amigo dele, fizeram um filme, e os filmes não são documentários.
Mas contam, como podem, uma história.
Há uma cena em que o guarda, com a mulher e os filhos, africânder convicto da bondade do regime, caminha numa rua de uma cidade; de súbito, de uma carrinha, saem polícias que desatam a espancar pretos, depois de lhes pedirem o passe. Uma mulher deixa cair o bebé no meio da rua e é levada para a carrinha, debaixo dos olhos abismados da filha, pequenita, do guarda. Na casa dos familiares que tinham ido visitar àquela cidade, enquanto o Pai prepara o churrasco, no jardim, a miúda isola-se no sofá, silenciosa; a Mãe pede ao Pai que fale com ela e ele explica-lhe que a policia estava a cumprir a lei: a mulher não tinha passe, não podia estar ali. A criança pergunta: “nós temos passe? “; os Pais sorriem, dizem que só os pretos precisam de passe. A Mãe explica-lhe que Deus fez os pretos inferiores, entre os homens e os animais e que não podemos ir contra a vontade de Deus. A criança cala-se, mas, algures na conversa diz: “está bem separar o filho pequenino da Mãe?”
A falta de respeito, de sim-patia, a violência de nos separarmos, conceptualmente, dos outros, o atropelo à dignidade são evidências sentidas intuitivamente pelas crianças como claramente erradas. Depois, a cultura, as circunstancias, o medo de não pertencer ao grupo, o “senso comum”, vão ocultando a clareza da percepção infantil.
Chamem à cena demagogia, o que quiserem, ela vale um filme.
Entre nós, e agora, muito mais difícil de ver porque ao perto, a ridícula separação de castas existe. E nós não vemos como obrigamos as nossas crianças, pela força do medo de não pertencerem ao grupo e de não serem “normais”, a perderem-se da sua sabedoria primordial e evidente, do “self”.
—“A verdade existe”, grita,
Lá do fundo do ser, a criança que somos,
Escondida de nós, que regemos, tirânicos,
Os limites aceitáveis da consciência lúcida.
—“Fanática, louca, perigosa, desumana, inconsciente, ignorante”,
Chamamos-lhe tudo o que servir.
;
Na força do combate de a calarmos,
Poderíamos ver,
Se o quiséssemos,
O medo da Verdade, disfarçado de Amor
Veríamos o poder, cobrindo o desespero.
A mentira que somos sem a verdade que é.
—“A verdade é um mito e não interessa”, corrige, submissa,
A criança que fomos, para a consciência que temos.
Porém, no centro perdido de todos os mortais
Escondida por séculos de medo e arrogância
A verdade de que somos todos um,
Com as plantas, os animais, as galáxias,
O universo inteiro e o seu mistério,
É uma certeza mais forte que tudo o que aprendemos.
Do Publico, com a devida vénia:
"Informativo-Notícia 2007-09-12 08:56:00
China enviou diplomata à AR antes da chegada do Dalai Lama
As "razões conhecidas" alegadas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, para o Governo não receber o Dalai Lama são, ainda assim, as de sempre: as boas relações diplomáticas com a China. Desta vez, como há seis anos, não terão faltado pressões diplomáticas por parte da potência ocupante do Tibete. Até porque, nestes dias, a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, esteve na China, onde promoveu os portos nacionais como porta de entrada na Europa.
Ontem mesmo, ao que o PÚBLICO apurou, um conselheiro da Embaixada da China foi recebido no gabinete de Jaime Gama - mas não pelo próprio -, numa audiência pedida pelos chineses para antecipar a chegada de Kenzin Gyatso (o nome de nascença do Dalai Lama e aquele que os apoiantes de Pequim utilizam)."
;
Se não podemos receber quem quisermos em nossa casa é porque a casa não é nossa. A intimidação é algo de inqualificavel. Podemos dizer que não gostamos das ideias de alguém mas o uso da força, da ameaça so pode ter uma resposta: a polida indiferença de quem finge não ter ouvido a grosseria. Bem fez o Presidente Sampaio, que, à revelia do governo, se encontrou com o Dalai Lama, "por acaso", no museu das janelas verdes, ha meia duzia de anos.
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