Foi Jung quem cunhou esta palavra, título de um livro seu, para falar das “coincidências” improváveis que parecem ter um significado, que parecem falar connosco, quais mensagens do inconsciente colectivo.
Houve, há 200 anos, um artigo científico na Nature prevendo o efeito de estufa produzido pelo excesso de CO2 na atmosfera; desde há mais de 50 anos que se mede a subida anual desse gás e acaba de sair o relatório encomendado pela ONU que confirma a crise climática em que estamos e a responsabilidade humana nela, sobretudo pela queima de petróleo em quantidades crescentes. Temos uns 10 anos, no máximo, para parar esse crescimento que tem dois séculos e não pode continuar sem matar o planeta. Perdoe-se a bruta verdade científica.
Sincronicamente, descobre-se que a Terra não tem mais petróleo para dar. Dentro de uns 5 anos, no máximo, o aumento de produção de petróleo será impossível e deixará de corresponder ao aumento crescente da procura. Foi isto que ficou claro no primeiro seminário organizado pela Associação de Investidores(ATM), que convidou cientistas para o demonstrar com os dados disponíveis.
No “momento” (para a idade da Terra é-o!) em que descobrimos “a verdade inconveniente”, como Al Gore lhe chamou, de que temos que parar o aumento de produção de CO2 que vimos fazendo, no “momento” em que, tendo-nos entrado a verdade pelos olhos dentro, procuramos soluções, eis que a Mãe Terra, Gaia, sincronicamente, nos resolve o problema: vamos parar esse aumento anual de CO2 porque não teremos petróleo para o fazer!
A Factura da Energia é o título do novo seminário em que, além de se reverem os dados científicos se debaterá o assunto, a influência quase impensável que terá na economia mundial, na nossa vida. Decorre na Assembleia da República (que, por coincidência, tem uma comissão sobre o assunto) porque tem o apoio da AEDAR, a associação de ex-deputados. Os oradores prometem… as inscrições também!
O senso comum é o bom senso de há vinte anos. O bom senso não é a verdade, nem sequer a razão: é a atitude “sensata”. Há 200 anos houve quem pensasse que chegaríamos a esta crise climática mas, embora tivesse razão, não tinha bom senso. Em 2007 a questão chegará (esperemos!) ao senso comum. É a questão do nosso tempo.
Neste sítio do TED (que agradeço ao jornal “Público”!) Hans Rosling mostra-nos como o desenvolvimento global depende, antes de tudo, da saúde— que começa por ter que resolver a fome! Mão-Tsé-Tung assim fez e, sem ter feito isso, a China não se teria desenvolvido (note-se que a migração para as cidades está a trazer a fome de novo); a saúde, que se pode medir em esperança de vida, tem melhorado imenso no mundo. Depois vem a educação e o projecto de Nicholas Negroponte de trazer computadores portáteis a 100 dólares a milhões de crianças é um salto qualitativo à vista. Uma criança no Senegal mergulha no mundo dos computadores como as nossas, aprende como aprendeu a andar e a falar: sem mestre! No nosso mundo desenvolvido, organizado para criar professores universitários, o nosso problema, como mostra Sir Ken Robinson é estarmos a dar cabo da criatividade das crianças com a educação! Cedo aprendem a ter medo de errar e lá se vai a possibilidade de criar, repetem o conhecido— claro que muitos resistem e as nossas sociedades ainda conseguem ter (alguma) graça. Mas, para resolver a crise climática, vai ser precisa toda a criatividade do Mundo.
Uma pessoa ou uma organização que não admite errar está em risco. A nossa arrogante e maravilhosa civilização errou: arrisca-se demasiado a matar o planeta, o ser vivo que é Gaia, a Terra. Tudo leva a crer que, em 2007, vai mudar radicalmente o seu ponto de vista, a consciência da crise climática vai chegar ao senso comum. Mas o maior produtor de CO2 são os USA, é lá que o futuro se joga.
Hilary Clinton pode ser presidente daqui a dois anos e dois anos são muito tempo!
Hoje a Primavera em Janeiro lembrou-me de nascer
Ficou a memória do que poderia ter sido
Saí do tempo por uma frincha que não encontro
…e não procuro muito!
Sou aquilo a que os médicos chamariam “uma consciência muito vaga num limbo amniótico”— se ainda houvesse médicos do espírito para a nossa gente que inventou a agricultura.
O que fizemos foi natural e perdoável
Como uma criança que fizesse um trenó para descer a ladeira.
E partisse tudo.
Fizemos o Hubble para espreitar as estrelas
E deixámos a Terra no Hospital, num dia de Domingo
Afligindo as empregadas de limpeza, com os seus pensos pequeninos, comprados a uma cigana
Sinto-me, hoje, como uma criança num deserto nocturno
Que se embala a si mesma, abraçada aos joelhos
E que procura a manhã com o olhar, sem sair do sítio. Porque já andou muito e ela não apareceu por isso.
(porque é que me disseram para ser criança, em pequeno, e porque é que acreditei que o não era?)
quando nascer vou ser criança sem pensar que o sou
e vou brincar de ser grande muito a sério,
sabendo que brinco
e vou tomar conta dos adultos,
que brincam com coisas perigosas e se podem magoar
quando nascer o Sol vai amanhecer e vamos todos cantar, em silencio, para o não assustar! Mas vamos cantar. Ou, até, ser música, uma música muito lenta e muito feliz
feita de chilrear de pássaros, ao longe
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