Segunda-feira, 18 de Junho de 2007

When I'am sixty-four

Paul Mc Cartney faz hoje 64 anos. Símbolos que lhes aconteceu ser, os Beatles, também esta data, que escolheram para simbolizar o distante futuro, o é.

“Well! Correct me if I am wrong, but would you agree, gentleman, that we have been passing through the Sea of Time? “–“[It would] probably explain a few things! Yes!”

Eis a sincronicidade astrológica: Plutão, símbolo de transformações radicais, morte e renascimento, esteve ontem em linha exacta com o centro da nossa galáxia. Demora 248 anos a dar uma volta ao Sol. Da última vez que por aí passou ainda não sabíamos da sua existência.

Era o tempo do Iluminismo, da revolução industrial, do terramoto de Lisboa, que abalou a Europa, tinha caído a cidade das riquezas da Índia, onde ainda chovia o ouro do Brasil! Astrologicamente, esta conjunção (estes últimos anos e os próximos, anunciada no milénio) é o enterrar de um mundo e o nascer de um outro, mais verdadeiro (porque já não estamos neste, em que ainda nos vemos). Plutão simboliza o poder e é curioso que tenha perdido agora o seu estatuto de planeta (não o de planeta, símbolo astrológico, como o Sol, que é uma estrela!), foi um acerto com a verdade, os governos também não têm o poder que vão perder, nem a Razão. À data da queda das torres do World Trade Center, a 11 de Setembro de 2001, Plutão estava a 12 graus e 38 minutos de Sagitário (cada signo tem 30 graus, os 12 fazem os 360 graus do Zodíaco). À data do terramoto de Lisboa, 1 de Novembro de 1755, estava a 14 graus e 41 minutos de Sagitário, ou seja, no mesmo lugar no céu visível, se descontarmos a precessão dos equinócios. Este tempo actual, a que ainda chamamos Idade Contemporânea, o tempo da razão, estará a chegar ao fim. Mas assim como não acabou o comércio— pelo contrario! — com a revolução industrial, assim se pode imaginar que não acabe a indústria, nem as cidades, nem a Ciência e a Razão. Perderão importância relativa: aquilo a que chamamos irracional, a subjectividade, o inconsciente, o espiritual, o Desconhecido continuará ganhando-a; assim parece ao ponto de vista da Astrologia, que é uma irracionalidade racional, a geometria da psique.

                              A cidade mais rica da Europa, vestígeos, anteriores à riqueza

 

publicado por paradoxosfilho às 10:26
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Quarta-feira, 6 de Junho de 2007

Paradoxo capital

Trabalho infantil na América-- ultrapassado!

Negar a realidade… em inglês “to be in denial”, aquilo que a nossa geração tanto temia: “ser alienado”, parece-me ser hoje comum, entre os jovens, gente preparadíssima, matemática, científica, literária, musical…culturalmente! A minha geração, pop, hippie, soixante-huitarde, ridícula q.b. (e, hoje, ao leme do mundo), sabia o que o “sociólogo” Karl Marx tinha “descoberto", a importância capital das relações de produção, o risco real de serem mercantis as relações humanas, de se viver numa sociedade de consumo, expressão criada nos anos 60 para descrever uma realidade incipiente mas que se previa viesse a ser o que é, a alienação do humano.

Sabíamos quem foi Stálin, sabíamos da criminosa invasão da Checoslováquia, respeitávamos, porém, o Partido Comunista Português, feito de gente que lutava pela liberdade, pela democracia, pelos direitos humanos, contra a censura... gente que sabia que a social-democracia tinha atrasado as previsões de Marx, a crise global do capitalismo, e gente que tinha consciência de que se vivia melhor na Europa do Norte que na Rússia!

Mas sabíamos que a concentração de capital em meia dúzia de empresas (ou Corporations) mundiais haveria de produzir pobreza, por falta de emprego e por os salários ficarem ao dispor das ditas, pela falta de saída para os produtos, sem compradores e por mais uma, um dia talvez fatal, crise do capitalismo. Sabíamos que o sistema se tinha safado sempre mas levávamos o problema a sério… sentíamo-nos (sentimo-nos!) responsáveis por encontrar uma alternativa ao sistema, uma que não trouxesse alienação, nem relações mercantis entre as pessoas, nem miséria no terceiro mundo e nos subúrbios deste.Trabalho escravo no Togo-- actual!

Alguns de nós já sabiam (há quase 40 anos!) do aumento de CO2 que a indústria criava na atmosfera e da impossibilidade de continuar por aí, eternamente.

O paradoxo é que, para nós, tudo era para um futuro distante e que os jovens de hoje, com a globalização (melhor, uma das globalizações) a dar razão ao velho Marx (que dizia que não era marxista!), com a pobreza, o desemprego, a fome e a guerra a aumentar, com a crise climática e com o pico de petróleo à porta, consomem! Andam na moda! Procuram dar-se com os ricos (se não com os aristocratas!), ligam à roupa para apreciar as pessoas, numa palavra, alienam-se!

E os assuntos que nos preocupavam e eram futuros, são com eles e são presentes.

Nós, nós não temos futuro, biologicamente falando, somos ricos, ou new age— por falar nisso, Plutão, o tal que já não é planeta mas continua a simbolizar, sincronicamente, a morte, destruição e regeneração, este ano, está alinhado com o centro da galáxia, o novo centro, desde que saímos do sistema solar, o símbolo de Deus, para as religiões; a verdade virá ao de cima, a transformação mostrar-se-á necessária, dar-se-á! O mundo que conhecemos chegou ao fim, um outro, espero que mais humano, solidário e franco, nascerá das suas cinzas. Plutão voltará a esta posição daqui a duzentos e tal anos.

Tenho para mim que toda a gente o sente… e o nega, comprando uma nova T-shirt, um DVD, ou coisa assim… Paradoxos!

.........

P.S. O banco mundial, em 2001, não parecia muito preocupado com a globalização. Mas a evolução foi outra, os estudos científicos, como se sabe, têm autor, patrocinadores, preconceitos, até, e podem querer negar a realidade, que é complexa!

publicado por paradoxosfilho às 00:56
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